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Não é um simples vírus

data-filename="retriever" style="width: 100%;">A história da vida humana neste planeta é superinteressante desde o seu início. Lutamos ao longo de milhares de anos pela sobrevivência de nossa espécie. Lutamos entre nós e com todos os tipos de obstáculos e perigos. De tempos em tempos, temos problemas que insistem em nos lembrar de nossas fragilidades, desigualdades, igualdades e de como somos fracos.

Essas situações lembram de nossas carências e dos perigos a que todos estamos expostos, assim como da nossa impossibilidade de agir isoladamente. Agora,é a vez do coronavírus. Um vírus para nos lembrar o quanto somos globalizados, que não andamos sozinhos e que a atitude de um pode trazer consequências para todos. Sim, somos seres humanos e nada nos separa além do fato de estarmos em lugares diferentes, com condições diferentes, mas expostos todos às mesmas situações.

Parece que a nossa frágil natureza de tempos em tempos precisa nos orientar e retomar nossos caminhos para que não percamos o senso de humanidade, raça e espécie, a noção de irmãos e iguais. Um minúsculo vírus mostra em sua grandeza nossa pequeneza, nossas dificuldades de pensar o coletivo, de pensar no todo em oposição a uma postura egoísta e individualista. E lá vamos com nossa mediocridade, pensando no mundo da fantasia.

Temos uma ameaça real. É verdade que temos várias outras doenças com alta mortalidade e negligenciadas. Mas esta, pelo que parece, vai fugir das estatísticas. Vamos aproveitar e aprender o que não aprendemos ainda em nossa região, agir juntos para mais soluções. Vamos pensar.

O Hospital Regional de Santa Maria inicialmente pretende atender 42 municípios. Não seria possível cada um deles (hospitais existentes nas cidades centrais ou prefeituras) disponibilizar três leitos hospitalares para a instituição regional, montando e a equipando com sobras ou as muitas coisas subutilizadas, ou simplesmente guardadas, e, assim, ajudar no atendimento de infectados?

Será que os inúmeros hospitais públicos, privados e institucionais não têm materiais novos, subutilizados ou não utilizados para doar para definitivamente abrirmos o Hospital Regional? Vamos, gestores. A situação requer união, construção de fluxos únicos e, principalmente, união de esforços e recursos. Não podemos desperdiçar. Secretários em suas cidades, quantos leitos estão subutilizados? Será que esta não é a hora de sentarmos e colocarmos a carta na mesa?

O perigo é iminente, o risco é para todos. Vamos nos unir e pensar em soluções rápidas e eficientes. Chega de discursos vazios, de uma política velha, rasa, superficial e irresponsável. Temos um perigo próximo e para todos. Vamos conversar. Estado, abra o jogo, qual é a disponibilidade de recurso? Instituto do Coração (responsável, através de contrato, pela administração do Hospital Regional), quais são as responsabilidades e com quais pode arcar? Estado, o que já foi comprado? Vamos nos organizar, gestores. A situação está aí. Não há como aceitar negligência, imperícia, imprudência e, principalmente, falta de diálogo para busca de soluções. Unam-se. Juntos, mais soluções. O cenário está posto. Precisamos agir juntos, unidos e imbuídos para o bem comum, chega de amadorismo, de jogos escondidos e de blefe.

A situação está aí e enfrentá-la é de responsabilidade de todos e, de forma muito especial, dos poderes do Estado brasileiro. Ao trabalho, senhores. Precisamos de respostas rápidas e corretas, assertivas. E, para conseguirmos isso, só há uma receita: união, para o bem de todos, lembrando, todos somos humanos. Não é um artigo alarmista, mas um chamado. Vamos, vamos juntos.

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